Município de Santiago do Cacém
Santiago do Cacém é um Concelho localizado no distrito de Setúbal e um dos maiores de Portugal, com uma área de 1 059,77 km2 e quase 30 mil habitantes distribuídos por oito freguesias: Freguesia de Abela, Freguesia de Alvalade, Freguesia de Cercal do Alentejo, Freguesia de Ermidas- Sado, Freguesia de S. Francisco, União de Freguesias de Santiago do Cacém, Santa Cruz e S. Bartolomeu, União de Freguesias de S. Domingos e Vale de Água, e Freguesia de Santo André. O município é limitado a norte pelo de Grândola, a sul pelo de Ourique e pelo de Odemira, a este pelo de Aljustrel e pelo de Ferreira do Alentejo, e a oeste pelo de Sines e oceano Atlântico. O Concelho de Santiago do Cacém é o único no Alentejo com a particularidade de conter duas cidades (Santiago do Cacém e Vila Nova de Santo André desde o ano de 2003) e três vilas (Alvalade desde o ano de 1510, Cercal do Alentejo desde o ano de 1991, e Ermidas- Sado desde o ano de 2001).
A região de Santiago do Cacém foi povoada desde a época Pré-histórica, mais concretamente desde o seculo I a.C., sendo com o povo romano que se tornou na principal cidade da costa ocidental a sul do Tejo. Saltia Imperatoria (atuais Ruínas de Miróbriga) possuía um fórum com o seu templo, grandiosas termas e o único hipódromo romano conhecido em Portugal. Por volta de 712, após o declínio de Miróbriga no seculo V, os mouros edificaram o castelo na colina defronte. A ocupação moura prolongou-se até ao seculo XII e pensa-se, inclusivamente, que o nome Kassem está ligado ao alcaide mouro que governou a cidade. Em 1217, o território de Sant’Iago de Kassem foi conquistado definitivamente pelos cristãos. Nesta altura, o burgo desta cidade era já de grande importância, com responsáveis políticos e administrativos de primeira categoria (pretores, alvazis, juízes, alcaides, almoxarifes). Considerada oficialmente vila em 1186, a cidade recebeu a sua primeira carta de foral, por ordem de D. Dinis, o mesmo rei que doou a vila e o castelo a Dª Vetácia, entre 1315 e 1336, tendo regressado à Ordem de Santiago após a morte da princesa. No ano de 1512 a cidade recebe o foral manuelino. Em 1594, a vila e o castelo foram doados por D. Filipe II aos Duques de Aveiro, em 1759, passou a pertencer à Coroa e, em 1832, definitivamente ao Estado. Santiago do Cacém tornou-se sede de concelho, do qual fizeram parte as freguesias de Santa Catarina do Vale, Melides, Vila Nova de Milfontes e a atual cidade de Sines. No tempo dos morgadios, no séc. XIX, Santiago do Cacém era uma pequena corte, onde era observado o luxo e a ostentação. Na primeira metade do seculo XX a riqueza dos senhores de Santiago do Cacém traduz-se na vida florescente e pitoresca que destaca do resto do país. Por esta altura chega à cidade o primeiro automóvel vindo para Portugal pelas mãos do conde de Avillez. Neste período de desenvolvimento económico e das técnicas inovadoras de exploração agropecuária, desenvolveu-se também a indústria e o comércio. Após uma estagnação de 40 anos, o Concelho conheceu a maior fase de expansão urbana na década de 70. A atividade predominante no Concelho de Santiago do Cacém é o comércio, seguindo-se a construção, agricultura e as atividades de saúde humana e apoio social. O turismo tem vindo a ganhar destaque, nomeadamente através da promoção e valorização do seu património natural.